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CRIMES NA FLORESTA: “Seremos intolerantes com o desmatamento ilegal”, diz Mendes
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O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou nesta quinta-feira (21) que o Executivo está trabalhando para atingir o índice de desmatamento ilegal zero em Mato Grosso.
“Nós fizemos uma profecia da nossa intenção: seremos intolerantes com o desmatamento ilegal. Queremos nos próximos anos construir uma plataforma em que nosso objetivo é o desmatamento zero”, afirmou o governador, após reunião com o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles e com comandantes do Corpo de Bombeiros de vários estados.
Mato Grosso atingiu 1.685 quilômetros quadrados de desmatamento, segundo dados do Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite) divulgados na segunda-feira (18) pelo Instituto Nacional de Pesquisas (Inpe). O Estado foi o segundo que mais desmatou no período analisado, atrás apenas do Pará.
Nós fizemos uma profecia da nossa intenção: seremos intolerantes com o desmatamento ilegal. Queremos nos próximos anos construir uma plataforma em que nosso objetivo é o desmatamento zero
Conforme o governador, não se pode levar totalmente em conta a divulgação dos dados de desmatamento, pois os números contemplam toda a área desmatada do Estado. Isso significa que áreas desmatadas legalmente, e até com irregularidades mesmo estando dentro do percentual permitido no bioma, também são contabilizadas.
“Ali aparece o desmatamento total. E o que é legal? E o que, mesmo não sendo legal, é apenas irregular? Porque o cidadão tem o direito de desmatar 20% na Amazônia. E talvez ele não pegou uma licença da Sema [Secretaria de Estado de Meio Ambiente], e aquilo se torna ilegal, mas ele é ilegal/irregular”, disse o governador.
A ideia de Mendes e de outros governadores da Amazônia é criar um sistema que possa diferenciar e extratificar todos os tipos de derrubada da vegetação.
“Estaremos trabalhando para abrir esses números. Para mostrar uma estratificação daquilo que é ilegal, daquilo que é irregular e daquilo que é autorizado legalmente. Que é o direito de um proprietário de uma terra tem que fazer”, disse.
Destinação de fundo da Lava Jato
Na quarta-feira (21), os nove governadores da Amazônia Legal assinaram uma petição ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, requerendo que os recursos do fundo da Petrobrás, que foram destinados em setembro deste ano para a preservação da Amazônia, sejam transferidos via fundos estaduais ou fontes específicas.
O ministro destinou há dois meses o valor de R$ 1 bilhão à preservação da Amazônia Legal, via Governo Federal, oriundo dos recursos recuperados pela Lava Jato, sendo que desse montante a União deverá repassar R$ 430 milhões para os estados de Mato Grosso, Maranhão, Pará, Amapá, Amazonas, Tocantins, Roraima, Acre e Rondônia.
“Agora, só depende de uma decisão que pode ser proferida pelo ministro Alexandre de Moraes e algumas tratativas de natureza econômica que é de responsabilidade do ministério”, disse Mendes.